6 dicas para você escolher a profissão certa

Muitos jovens têm dificuldade para escolher a profissão que vão seguir. A angústia pode ser maior no final do Ensino Médio, quando o estudante vai prestar vestibular e precisa optar por um curso de graduação. Se você está passando por esse momento e ainda não tem certeza de qual curso escolher, fique atento às seis dicas da Prof.ª M.ª Michela da Rocha Iop, coordenadora do grupo de orientação profissional do Colégio Unidavi, para que você tenha mais segurança na hora de definir a profissão certa pra você.

1 – Busque o autoconhecimento

No processo de escolha por uma carreira profissional, o primeiro passo é buscar o autoconhecimento. De acordo com a professora Michela é fundamental o adolescente, neste momento, parar para pensar sobre si: “Ele precisa se perguntar: de fato, o que eu gosto?  O que eu não gosto? Quais os temas que me interessam e aqueles que não me interessam? Porque o trabalho é algo pelo qual você vai, supostamente, dedicar boa parte da vida. Então tem que ser alguma coisa que te instigue, que te estimule, que não seja enfadonho. Pois, infelizmente, é muito comum encontrarmos pessoas insatisfeitas e que não gostam do que realizam profissionalmente”, explica ela. 

Prof.ª M.ª Michela da Rocha Iop, coordenadora do grupo de orientação profissional do Colégio Unidavi

2 – Pesquise sobre os cursos

Outra dica importante é pesquisar sobre os cursos de graduação e analisar as grades curriculares para sanar todas as dúvidas. “Às vezes as pessoas têm informações extremamente equivocadas sobre as carreiras. Acham que é uma coisa e aí ficam com uma visão estereotipada daquela ocupação. Por isso, tem que se informar. E eu sempre sugiro investigar as grades curriculares dos cursos para você ter noção daquilo que vai estudar. Isso é bem construtivo. Nunca esqueço de um rapaz com quem eu trabalhei algum tempo atrás que queria cursar Sistemas de Informação porque ele adorava mexer com tecnologia, computador e tudo mais. Quando ele se deparou com os níveis de matemática que têm no curso ficou muito assustado, porque tem muito cálculo, é matemática pura. E aí não conseguiu seguir na graduação. Para ter evitado isso, bastava ter olhado a grade curricular daquele curso”, lembra Michela.

3 – Converse com profissionais da área 

Grupo de orientação profissional do Colégio Unidavi

Também é importante conversar com profissionais que já estão na área de atuação que o aluno deseja seguir para entender como é a profissão em seus diversos aspectos: quais características são cobradas do profissional? Qual a faixa salarial? Quais são as melhores empresas para se trabalhar? Quais são as dificuldades?  “Isso vai ser importante para conhecer o dia a dia do trabalho e também os desafios. Porque todas as profissões têm desafios, inevitavelmente. E isso não quer dizer que eu vá deixar de cursar aquela faculdade porque tenha desafio. Mas eu tenho que estar ciente que talvez eu vá ter determinado obstáculo no processo”, recomenda a professora Michela. Os profissionais poderão, inclusive, indicar cursos de curta duração, sites ou materiais que os estudantes podem consultar para saber ainda mais sobre a profissão. 

4 – Saiba diferenciar hobby de profissão

É necessário, também, que o estudante possa distinguir a atividade que quer desenvolver como profissão, daquela que possa vir a ter como hobby. “Há muitas pessoas, por exemplo, que dizem gostar de música e cogitam trabalhar com a carreira de músico. Mas aí você vai olhar a conjuntura do mercado e percebe que não é tão fácil. Não quer dizer que a pessoa não possa tentar. Mas ela precisa ter a clareza de tudo que vai passar para conquistar uma estabilidade profissional. Além disso, olhando para esse contexto, ela pode se dar conta que é possível deixar a música como hobby e escolher outra atividade para a carreira profissional. Esse discernimento também é importante”, ressalta Michela.  

5 – Analise o contexto em que está inserido

Além de seguir todas essas dicas, antes de tomar uma decisão definitiva, é indicado que o estudante pense também nas questões familiares, sociais e econômicas em que está inserido. “Tem que pensar na concretude: financeira, apoio familiar, condição de mobilidade, possibilidade de conseguir logo entrar naquele curso também. Enfim, destaco esses aspectos para deixar claro a complexidade que é isso e que as pessoas, na maioria das vezes, pela minha experiência de mais de 10 anos na área, não param para analisar. Às vezes o jovem fica em um mundo muito fechado quando, na verdade, precisaria ler, se informar e entender o que está acontecendo ao seu redor” esclarece Michela. 

De acordo com a orientadora, após a visualização desse panorama geral, há mais segurança para tomar decisões. “É preciso contextualizar isso tudo e, às vezes, abrir mão de uma coisa por outra. Porque a gente sempre trabalha na orientação profissional com a perspectiva da melhor escolha possível para determinado momento. E o que eu quero dizer com essa melhor escolha possível é que, às vezes, por condições pessoais, financeiras, emocionais ou familiares, você opta. No momento da primeira escolha, por exemplo, pode ser que você só consiga fazer um curso próximo da sua casa e, nada impede que depois você vá procurar outra coisa”, esclarece ela.

6 – Entenda que não precisa ser uma escolha definitiva

Um dos mitos que precisam ser desconstruídos sobre a escolha da profissão é que, obrigatoriamente, é uma decisão para o resto da vida. “Claro que é uma escolha importante, mas nada impede que eu defina e, por um motivo ou outro, queira trocar. Não há problema nenhum nisso. Quebrando esse mito diminuímos, inclusive, a pressão sobre essa escolha, porque eu percebo o quanto os jovens ficam angustiados com esse processo”, explica Michela.

Se for necessário procure a reorientação profissional

Todos os aspectos mencionados anteriormente são importantes para que você esteja mais seguro da sua escolha profissional. Entretanto, nada garante que no decorrer da graduação você não se perceba infeliz com a escolha que tomou. Se isso acontecer, pode ser o momento de buscar uma reorientação profissional.

“Se você percebe que a graduação está causando sofrimento e desconforto, que está muito desanimado, não se vê naquela profissão e não vê sentido em ir para as aulas, talvez seja o momento de procurar a reorientação profissional. Muitas vezes nós professores identificamos que o desempenho do aluno está abaixo do esperado mas não entendemos o que está acontecendo. Já vi várias vezes que era sinal de que o estudante não estava identificado com o curso e não sabia o que fazer”.

Se você é aluno da Unidavi e sente que talvez não esteja no caminho certo, procure a reorientação profissional oferecida pela instituição. Para tanto, acesse o site da Unidavi e faça sua inscrição no link da reorientação profissional.  As inscrições podem ser feitas a qualquer momento do semestre e a participação não tem custo algum. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.